O dia 31 de março de 1975 foi o marco inicial do catolicismo em nossa
comunidade. Nesse dia foi celebrada uma missa campal na Rua Ana Djanira, por
Dom Nivaldo Monte, atendendo a uma solicitação dos dirigentes da cooperativa
que orientava a construção do conjunto e tinha como objetivo marcar a fundação
e o inicio do seu povoamento. Ali foi fixado um marco, o qual, posteriormente,
foi transferido para a rua Marechal Rondon, nas proximidades da cigarreira dos
aposentados, onde permanece até hoje.
A partir daquele momento um grupo de católicos recém-chegado começou a
desenvolver as primeiras atividades de evangelização, tendo como ponto de apoio
as residências dos casais Geraldo/Alba, Alzenir/Matias, Salinésio/Elza, (que
depois viria a compor o belíssimo Hino de Nossa Senhora da Candelária, este
mesmo que cantamos com tanta alegria até hoje) juntando-se a eles ainda o casal
Sales/Cleonice.
A esse grupo juntou-se alguns jovens da Comunidade Shalon, vindos de
Fortaleza, orientados pelo jovem Tomas, que veio a ser depois o primeiro
Seminarista da comunidade, exercendo hoje o seu ministério na Paróquia do Beato
Mateus Moreira.
Não havendo Missa aqui as famílias católicas se dirigiam para a Capela do
Campus Universitário, a fim de participarem da Missa Dominical.
Numa dessas ocasiões foi pedido ao Capelão, Monsenhor João Penha, que
celebrasse uma missa no Conjunto Candelária, uma vez por semana. Foram atendidas,
as missas começaram a ser celebradas aos domingos à tarde, no Galpão da
Construtora EIT, que ficava em frente ao atual Colégio Walfredo Gurgel, logo
depois, dada a falta de estrutura e principalmente pelo areal enorme existente
no local, as missas foram transferidas para o Galpão da Construtora Azevedo, na
Rua N.S. da Candelária onde hoje fica o SINE/Centro de Saúde. Ali tudo
acontecia: Preparação e administração de Sacramentos, estudos e reflexões
bíblicas, Campanha da Fraternidade, reza do terço, procissões via-sacra e a
participação da comunidade que começava a chegar por aqui era muito boa.
Daquele lado da Prudente de Morais, essas atividades eram coordenadas por um
grupo de senhoras, formado por Tereza Josefa (Tetê), Dona Chiquita, Antônia
Bezerra (Toinha), Maria Alves, Dona Francisca Teixeira (Dona Francisca), que
Depois veio a ser uma das maiores colaboradora da construção e reformas da
nossa paróquia (ninguém escapava de comprar seus doces, seus quitutes, bolos,
cuja renda era toda transformada em sacos de cimento e tijolos, que ela mesma
comprava e fazia questão de vir entregar.). Esse grupo era chamado na época “As
beatas de Antônio Conselheiro”.
A grande participação das pessoas nas atividades religiosas devia-se em
grande parte a uma experiência de evangelização utilizada pelos lideres,
denominada “Reunião das famílias por quadras”, uma semente do que hoje chamamos
de “Setores”.
A comunidade crescia e aumentava cada dia o desejo pela presença de um
sacerdote.
Assim, logo no inicio de 1976, o Padre Gerard Huber (Padre Pio), vigário da
Paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Morro Branco, foi nomeado Vigário Geral
dos conjuntos habitacionais da Zona Sul, entre eles Candelária.
No ano de 1977 a Igreja foi construída sob a orientação da Cooperativa
Administradora da Construção do Conjunto, utilizando um projeto da Arquiteta
Leda Gurgel e, a igreja foi entregue à Diocese e à comunidade, sem nenhum
acabamento.
Para permitir a celebração da Missa de Natal desse ano, foi erguido um
palanque na parte da frente da igreja.
É interessante lembrar que o INOCOOP (Cooperativa que administrava a
construção do conjunto), havia destinado a área aonde hoje funcionam o SINE e o
CENTRO DE SAÚDE. Para a construção de um centro ecumênico.
Todavia, o Dr. Tarcísio Maia, então governador, solicitou aquele local para
construir um centro para atividades sociais, o que foi concedido com a
concordância da Diocese e da comunidade, os construtores então, resolveram
fazer a igreja numa “área disponível” existente na entrada do conjunto (e aqui
estamos até hoje).
Inaugurada em 24 de dezembro de 1977, a igreja foi entregue ao pastoreio do
Padre Antônio Vilela Dantas, ainda pertencente à Paróquia de Pompeia, São
Paulo. Neste período, tem que se louvar a grande colaboração da comunidade e
especialmente dos Srs. Silvestre Marinheiro e Sr. Francisco Ferreira Rocha
Filho (Sr. Cruz), que proporcionaram grande ajuda à Igreja que surgia.
Logo que a igreja apresentou as condições mínimas de funcionamento, foi
trazida de São Paulo uma imagem de Nossa Senhora das Candeias, aqui entronizada
com o nome de NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA.
A partir de então a igreja se organizava a passos rápidos. Dai, veio o sonho
de se tornar Paróquia, pois era capela da Paróquia de Lagoa Seca/Morro Branco.
Apoiados pelo Pe. Vilela, os lideres foram às ruas, conseguiram um extenso
abaixo-assinado que foi entregue a Dom Nivaldo. E o sonho se realizou, no dia
20 de setembro de 1978, foi criada a Paróquia e instalada no dia 12 de novembro
do mesmo ano, tendo o Pe. Antônio Vilela Dantas sido efetivado como seu
primeiro Pároco. Nós vimos nos estávamos lá.
Uns plantam outros regam outros colhem, isto é bíblico. E as sementes aqui
plantadas pelos sacerdotes, missionários leigos e todos que por aqui passaram,
germinaram a “cem por um” e, aquela capela iniciada há 35 anos transformou-se
nesta grande e exuberante Paróquia.
O resto da história vocês sabem, ajudados por Deus e iluminados pela nossa
Extraordinária Padroeira, vocês fizeram e continuarão a fazer.
(História contada por Sr Nonato, agente da Pastoral da Catequese da Primeira
Eucaristia, durante a celebração pelos 35 anos da Paróquia de Nossa Senhora da
Candelária, em 20.set.2014)
FONTE – SITE DA PARÓQUIA
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